sexta-feira, 22 de junho de 2012

Ficha limpa e engajamento social definem o perfil de escolha de um bom candidato às eleições riunda de uma iniciativa que mobilizou mais de candidatos que não trocam seu voto por tijolos, bolsas um milhão de assinaturas de brasileiros, de alimentos, remédios, promessas ilusórias para nasceu a Lei Complementar nº. 135/2010, melhorar seu bairro”. Opopularmente conhecida como “Lei da ficha limpa”. Tratando do mesmo tema, o arcebispo de Montes Essa lei será uma importante aliada nas eleições Claros (MG), dom José Alberto Moura, em artigo municipais que ocorrerão este ano, uma vez que publicado no site da CNBB, cita o ensinamento de tornará inelegíveis candidatos que tiverem o mandato Jesus na parábola do bom pastor: "Eu sou o bom cassado, renunciarem para evitar a cassação ou pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. O forem condenados por decisão de órgão colegiado mercenário, que não é pastor... abandona as ovelhas (com mais de um juiz). Com o dispositivo, é esperado e foge, e logo as ataca e dispersa... e não se importa se diminuam delitos políticos e eleitorais, já que com as ovelhas" (João 10, 11. 12.13). apenas pessoas que preenchem os critérios “Na perspectiva do bom pastor precisamos tomar estabelecidos pela poderão de candidatar.
 No mais consciência de seguir o seu exemplo de doação entanto, o questionamento que vem à tona é: Para ser total a serviço das ovelhas, principalmente as mais um bom candidato basta apenas ter uma ficha limpa? deixadas de lado. Para isso, precisamos formar mais Na doutrina social da Igreja, política é “uma prudente a consciência cidadã para o voto ser dado a quem tem solicitude pelo bem comum” grandeza de caráter e (João Paulo I I , Laborem capacidade de governar e exercens). Então, de acordo com legislar com verdadeira lisura essa premissa, é necessário que ética e moral. A grandeza do os candidatos que visam político não está no apropriarrepresentar o povo soberano, se do que é do povo com sejam sensíveis às causas fingimento de ser "santo", até sociais. Além de estar isento de distribuindo "santinho" com crimes políticos e eleitorais, é propostas aliciadoras e sim importante um histórico de mostrar sua grandeza de engajamento social como caráter, lutando pelo bem das atividades espontâneas, em ovelhas, como verdadeira sindicatos ONGs, realizadas em m i s s ã o d e a m o r ” , prol de causas comunitárias e sociais, sem objetivo de exemplificou dom José Alberto Moura. lucro ou vantagem pessoal, visando o bem comum. Em artigo publicado no site da Conferência Como funciona a lei da ficha limpa? Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Fernando Arêas Rifan, bispo da Administração Apostólica Conforme prevê a “Lei da ficha limpa”, não há mais Pessoal, mencionou que é dando o devido valor ao necessidade de decisão judicial para barrar um voto, que esses critérios de atuação sociais poderão candidato. Assim, pessoas que já foram condenadas ser seguidos.“... a corrupção eleitoral ainda é um pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ou dos problema enraizado na mentalidade do nosso povo. Tribunais Estaduais ou Federais, por infrações Muitos acham natural a troca do voto por algum favor delimitadas na respectiva Lei Complementar (como do candidato. É preciso instalar uma nova corrupção eleitoral, captação ilícita de sufrágio, consciência política e mudar a situação com o nosso dentre outras) tornam-se inelegíveis por oito anos. voto. Voto não se vende. “Voto não tem preço, tem Anteriormente, exigia-se o trânsito em julgado da consequências”. Não vote apenas levado pela decisão, ou seja, para impedir uma candidatura, era propaganda, pela maioria, pelo interesse financeiro necessário um novo processo, onde não pudesse pessoal ou por pressão. Cada um é responsável pelo haver mais nenhuma possibilidade recurso ordinário seu voto e suas consequências”, afirmou dom ou extraordinário. Fernando Arêas Rifan. É importante salientar que a decisão final cumprirá Ainda em seu artigo, o bispo da Administração ao Poder Judiciário, órgão encarregado, por Apostólica Pessoal, lembra que o voto não é produto disposição constitucional, para fazer valer o direito. de barganha, e que o candidato que não atua dentro Com isso, é importante ressaltar o poder supremo que de limites éticos e morais em seu próprio meio, não detém o cidadão para selecionar seus candidatos está apto a exercer uma função política: “Quem não dentro de princípios de moralidade e da ética. cuida honestamente de seus negócios pessoais ou empresas não tem condições de representar o povo  na Prefeitura nem na Câmara de Vereadores.
Fonte: CNBB

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